William Correia
Do Agora
16 de fevereiro de 2017•
Se encontrar remédios gratuitos em unidades de saúde municipais está complicado, também ficou mais difícil para o paulistano comprar medicamentos mais baratos.
Desde dezembro, foram fechadas na capital sete unidades do programa Farmácia Popular, do governo Michel Temer (PMDB), restando apenas cinco em toda a cidade.
Foram fechadas as unidades da Freguesia do Ó (zona norte), da Mooca (zona leste), da Sé (centro), do Campo Limpo, do Ipiranga, de Santo Amaro e da Capela do Socorro (as quatro últimas da zona sul).
Mas não há nenhuma informação a respeito disso no site do programa, que indica ainda uma unidade da Vila Prudente (zona leste) desativada há dois anos.
Na porta dos locais fechados, há cartazes orientando os pacientes a procurar as cinco unidades mantidas, na Penha (zona leste), na Vila Mariana (zona sul), em Pirituba, em Santana e na Vila Maria (as três na zona norte).
Resposta
O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz, que opera as unidades do Farmácia Popular, afirmam que a Prefeitura de São Paulo é responsável pelas despesas dos imóveis onde funcionavam as farmácias e, em 2016, solicitou o fechamento de sete deles.
A gestão Fernando Haddad (PT), à frente da prefeitura entre 2013 e 2016, diz que o encerramento ocorreu sob aprovação do conselho gestor e “em razão do Ministério da Saúde ter descontinuado o programa e cortado o repasse”.
“Estes locais apresentavam baixo número de usuários –havia unidade que atendia 30 pessoas ao dia– enquanto nas 574 farmácias da rede municipal este número é sete vezes maior. O custo de manutenção era maior do que para dispensar medicamentos”, afirmou.
A gestão João Doria (PSDB) diz que houve consenso entre os órgãos para fechar unidades “exclusivamente em decorrência do baixo rendimento” e que o repasse do governo federal está em dia.
Fonte: Agora – SP: 17/02/2017