Os pesquisadores conseguiram juntar todos os equipamentos em um dispositivo compacto.
[Imagem: Roberto Montes-Robles et al. – 10.1016/j.sna.2016.12.018]
Hipertermia
Este aparelho representa uma nova tecnologia para terapias de hipertermia a laser.
Esta técnica é utilizada, por exemplo, em terapias contra o câncer de pele, e tem como objetivo destruir as células tumorais fazendo-as superaquecer.
Este protótipo, desenvolvido por pesquisadores das universidades politécnicas de Madri e Valência (Espanha), representa uma alternativa de baixo custo para aplicação da hipertermia, que hoje ainda depende de equipamentos grandes e caros.
Além disso, ele usa uma técnica de baixo calor. Ao tentar queimar as células tumorais, os aparelhos tradicionais podem acabar gerando inflamações nos tecidos circundantes.
Para evitar esse problema, o sistema foi projetado não para “queimar” as células, mas para usar nanopartículas, que funcionam como aquecedores quando recebem a luz do laser, fazendo a temperatura das células subir para algo entre 42° C e 48° C. Isto resulta em hipóxia, levando as células a uma morte forçada, mas por um processo natural.
Andy Hernández e Cristina Latorre, responsáveis pelo desenvolvimento, afirmam que o sistema mostrou-se eficaz nos testes iniciais, estando pronto para passar para novas fases, que incluirão testes em animais e, finalmente, testes em pacientes humanos.
“Embora o equipamento tenha sido projetado para funcionar exclusivamente em um ambiente de laboratório, uma vez desenvolvida a técnica ele poderá ser facilmente aplicado em um ambiente hospitalar com pequenas mudanças,” disse Hernández.